Vinte e quatro cubanos deixaram o Programa Mais Médicos e não voltaram
para o seu país, informou nesta terça-feira, 11, o Ministério da Saúde. O
chefe da Pasta, Arthur Chioro, disse que, de sexta-feira, dia 7, para
cá, houve registro de vinte e quatro intercambistas que deixaram de
comparecer ao serviço, entre eles, Ortelio Guerra, que nesta
segunda-feira, 10, postou nas redes sociais que já estava nos Estados
Unidos.
Ao todo, são 113 profissionais considerados faltosos no programa,
sendo 80 brasileiros e 33 estrangeiros, dos quais vinte e quatro são
cubanos. Nesta quarta-feira, 12, será publicado no Diário Oficial da
União um comunicado requisitando o retorno desses profissionais ao
programa. Eles terão 48 horas para se apresentar, caso contrário, serão
formalmente desligados.
Questionado sobre o número de profissionais que abandonaram o
programa, Chioro disse não estar preocupado. Ele afirmou que o índice de
desistência é considerado baixo. O ministro também afirmou não estar
preocupado que o Brasil seja usado como uma porta de saída de cubanos
que desejam deixar o sistema do seu país. "A nossa relação é uma relação
de cooperação. Eles vêm ao Brasil e vão por livre e espontânea
vontade", disse Chioro.
Na semana passada, a médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que
trabalhava no programa na cidade de Pacajá (PA), já tinha deixado o
trabalho e pedido abrigo na liderança do DEM na Câmara dos Deputados. A
decisão foi tomada depois que a médica teve conhecimento de que o
Ministério da Saúde repassa mensalmente para os médicos que atuam no
programa o equivalente a R$ 10 mil. Recrutada por meio de um convênio
firmado entre Organização Pan-Americana (Opas) e Cuba, Ramona disse
receber o equivalente a US$ 400.
Fonte:Yahoo.com
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